A literatura de negócios internacionais e de marketing internacional tem utilizado com grandefreqüência os construtos de ‘distância psíquica’ e ‘distância psicológica’ para medir apercepção de similaridades e diferenças entre um mercado e outro por executivos de empresasinternacionalizadas, sejam elas exportadoras, licenciadoras, ou multinacionais. No entanto, háfalta de precisão e consistência na utilização dos dois construtos, que ora são vistos comointercambiáveis, como idênticos, ou como proxies um do outro, ora como apenasparcialmente superpostos, ou ainda como parcialmente distintos. Este trabalho, por meio deuma análise em profundidade da literatura investiga a forma como esses construtos vêm sendoconceituados na literatura, com o propósito de verificar o domínio conceitual de cada umdeles, tarefa necessária para o desenvolvimento e a comparabilidade de estudos empíricossobre o tema. É proposto um modelo conceitual que permite delimitar claramente asdimensões contidas no construto de distância psíquica, mostrando-se que apenas pequenaparte do mesmo constitui o escopo do construto da distância cultural.