A PERCEPÇÃO DOS SERVIDORES SOBRE AS POLÍTICAS E PRÁTICAS DE PREVENÇÃO E COMBATE AO ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO EM UMA IES
Informações
Código: GPR2218
Divisão: GPR - Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho
Tema de Interesse: Tema 06 - Prazer e Sofrimento no Trabalho
Autores
Thiago Soares Nunes, Suzana da Rosa Tolfo
Resumo
O assédio moral no trabalho pode ser definido como comportamentos, ações e práticas hostisrepetidos, dirigidos a um ou mais trabalhadores de forma consciente ou inconsciente, quepodem trazer danos à integridade psíquica e/ou física do indivíduo, além de interferir nodesempenho e no ambiente de trabalho. É nos últimos anos que o assédio moral passou a serconsiderado uma forma de violência perversa e que repercute no trabalhador como umconjunto biopsicossocial e fonte de interesse de estudo de pesquisadores. Devido à violênciaocorrer no âmbito organizacional, cabe à organização e seus gestores a construção de medidaspreventivas e inibidoras do assédio moral. Portanto, esta pesquisa teve como objetivodescrever a percepção dos servidores sobre as políticas e práticas de prevenção e combate aoassédio moral no trabalho em uma IES. Do ponto de vista metodológico a que se propõe estainvestigação foi classificada como descritiva, caracterizando-se ainda como estudo de caso,em uma abordagem quantitativa e qualitativa. Os dados foram coletados por meio de umquestionário online e complementados por entrevistas, aos servidores docentes e técnicoadministrativosde uma IES. Já para a análise utilizou-se um software estatístico para análisedos dados quantitativos e análise de conteúdo para as entrevistas, correlacionando estes com aliteratura. O estado da arte na literatura contempla autores que abordam temas comoracionalidade como Ramos (1989), cultura organizacional como Schein (2009), sobreviolência como Gaulejac (2006), além de adentrar no tema principal desta pesquisa, o assédiomoral, com autores brasileiros renomados como Freitas, Heloani e Barreto (2008), além deautores mundialmente reconhecidos como Leymann (1990; 1996), Hirigoyen (2006; 2008),Einarsen et al. (2003; 2005). No que diz respeito às políticas/práticas de prevenção e combateao assédio moral, 47,7% dos participantes afirmaram que a prática do assédio no ambienteuniversitário é comum e 56,3% não sabem se existem orientações aos funcionários acerca datemática. Entre os participantes 81,4% afirmaram que durante seu contrato na instituição ostreinamentos e capacitações realizadas não abordaram esta temática. A existência de umapolítica/prática de prevenção e combate ao assédio desenvolvida pela instituição não éconstatada por 80,6% dos pesquisados. Entretanto, 34,1% relacionam que a criação eaplicação de uma política ou prática de prevenção e combate ao assédio já é o começo paracombater este mal. A existência do assédio moral na instituição é algo concreto, entretanto, asua divulgação ainda é baixa, pois apenas 24,7% afirmaram ter conhecimento da divulgaçãodo tema na instituição. Doravante, é necessário não somente a divulgação da temática nainstituição, mas também a criação e aplicação de políticas e medidas de prevenção e combateque garantam a efetividade de todo o processo, seguindo o princípio da isonomia, onde todossejam tratados de forma mais isonômica. Com o desenvolvimento destas políticas e adivulgação do tema, a instituição poderá inibir e diminuir a ocorrência desta violência queprejudica não somente a vítima, mas toda a comunidade universitária.
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