A Relação entre Estratégia, Capabilidade e Desempenho nas Empresas do Setor de Bens de Capital Mecânico
Informações
Código: GOL340
Divisão: GOL - Gestão de Operações e Logística
Tema de Interesse: Tema 03 - Logística e Supply Chain Management
Autores
Roberto Giro Moori, Kalid Ali Nafal, Fabio Ytoshi Shibao
Resumo
O objetivo deste estudo foi o de analisar a relevância das capabilidades na relação entreestratégia e desempenho, das empresas do setor de bens de capital mecânico, a partir daavaliação das relações estruturais do modelo de mensuração composto dos construtos:estratégias, capabilidade e desempenho. A linha de pensamento teórica foi fundamentada emautores como Porter (1985), Prahalad e Hamel (1990), Barney (1991), Teece et al. (1997),Skinner (1969), Christopher e Towill (2001). Para a coleta de dados, utilizou-se de umquestionário semi-estruturado e aplicado junto aos gestores de operações, logística e cadeia desuprimentos, de empresas do setor de bens de capital. Foram obtidos 90 questionários,analisados pelo método da modelagem de equações estruturais. Os resultados, em nível designificância estatística (α ≤ 0,05), mostraram que do total de 35 medidas, utilizadas nomodelo teórico inicial, 21 foram validadas, sendo sete relacionadas ao construto Estratégia, 10ao construto Capabilidade e quatro ao Desempenho. Quanto às relações estruturais domodelo, do total de três, duas foram validadas: a relação estratégia / capabilidade ecapabilidade / desempenho, sendo que a relação [estratégia-desempenho] não foi validada.Destes resultados, emergiram duas implicações teórico-empíricas. A primeira referiu-se àsignificância estatística da relação positiva estratégia / capabilidade para a obtenção dedesempenho superior. Este resultado pode ser corroborado por autores como Barney (1991),Prahalad e Hamel (1990), de que os administradores devem ser estimulados a ver a empresacomo um portfólio de recursos e competências, combinados de várias maneiras, e não comouma coleção de produtos ou divisões de negócios. Prossegue Teece et al. (1997), em ambientede alta competição, o que importa não são apenas os recursos (valioso, raro, inimitável einsubstituível) e as competências essenciais, mas a capabilidade de aperfeiçoá-los edesenvolvê-los continuamente. A segunda referiu-se à não significância estatística da relaçãoentre estratégia e desempenho. Este resultado pode ser corroborado sob o ponto de vistateórico de Porter (1985) de que, uma empresa para obter vantagem competitiva, deve escolheruma das três estratégias genéricas: custo, diferenciação e nicho, tendo como unidade deanálise o ramo de atividade ou grupo estratégico. Não obstante, pesquisas tem mostrado quehá, geralmente, mais heterogeneidade no desempenho das empresas dentro de um único ramode atividade do que em diversos ramos, elevando a empresa como a unidade de análise maisapropriada. Portanto, com os resultados empíricos e fundamentações teóricas, pode-seconcluir que existe evidência, em nível de significância estatística (α ≤ 0,05), de que odesempenho nas empresas do setor de bens de capital é mais efetivo, quando ajustados àrelação estratégia / capabilidade, mostrando assim, a importância da capabilidade na obtençãoda vantagem competitiva.
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