Proposição de um Modelo de Análise de Capacidade Inovativa: das Informações à Mudança Tecnológica
Informações
Código: GCT3127
Divisão: GCT - Gestão de Ciência, Tecnologia e Inovação
Tema de Interesse: Tema 10 - Temas Livres
Autores
Denise Barbieux
Resumo
A capacidade inovativa não é um assunto recente. Ela vem sendo discutida desde adécada de 1980 e ainda não possui consenso entre os pesquisadores na sua definição. ParaCetindamar et al. (2009), a capacidade inovativa é definida como uma habilidade de moldar egerenciar capacidades múltiplas, porque o esforço na busca pela inovação exige da empresahabilidades e competências para lidar com atividades diversas. Estas atividades estãorelacionadas com diferentes processos, tais como: gestão do conhecimento; gestão datecnologia; e gestão da inovação (CETINDAMAR, et al., 2009). Alguns estudos, como os deRush, Bessant e Hobday (2007), propuseram modelos de avaliação da capacidade inovativacomo resultado do processo de aprendizagem tecnológica. Nesta abordagem, ter capacidadeinovativa significa adquirir informações, transformá-las em novos conhecimentos e obternovos produtos. Seguindo nesta abordagem, este trabalho discute a relação da capacidade deabsorver conhecimentos e promover a mudança tecnológica na capacidade inovativa dasempresas industriais. O objetivo foi o de estabelecer um modelo que pudesse analisar acapacidade absortiva e a capacidade tecnológica mediante a inclusão de uma variável devalidação econômica, o desempenho inovativo das empresas. Isto foi realizado através de umadiscussão das atividades de inovação que constituem estas capacidades. Posteriormente, aabordagem utilizada pelos autores para estas atividades foram comparadas em um quadro,tanto pela denominação da atividade, quanto pela própria função da atividade no processo deinovação. Como resultado, se obteve o modelo teórico, contribuindo, assim, para os estudosde capacidade inovativa e das relações entre conhecimento, tecnologia e inovação. Ainovação é uma atividade complexa em que novos conhecimentos são aplicados para finscomerciais. Parte desse conhecimento chega na firma a partir de fontes externas. Isso cria umfluxo de conhecimento [inflow], que aumentam os ativos da firma. Apesar do processo deinovação ser interativo e não linear, o processamento do conhecimento, de forma pedagógica,segue uma seqüência lógica de atividades que variam em grau de complexidade. Adquirir eassimilar pressupõem internalizar um conhecimento já pronto. Transformar requer autilização de criatividade e adequação do novo conhecimento ao contexto da firma, enquantoque explorar requer a utilização ampla deste conhecimento na forma de novos procedimentos,novas rotinas e, principalmente, novos produtos. Estes últimos variam de acordo com asatividades realizadas. Segundo Lall (1992), Bell e Pavitt (1993), atividades demonitoramento, identificação e aquisição resultam em pequenas adaptações nos produtos;atividades que transferem a tecnologia, como seleção, assimilação e transformação, resultamem produtos melhorados; atividades de pesquisa e desenvolvimento, que chegam a explorar oconhecimento ao transformá-lo em um produto vendável, resultam em novos produtos; edesenvolver ou colaborar com pesquisa básica resultam no desenvolvimento de novastecnologias. Desta forma, o desempenho inovativo da firma pode ser avaliado pelo impactogerado pelo produto no mercado e pelo grau de complexidade atingido pelas firmas aorealizar as atividades de inovação.
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