Que Papel o Brasil Poderia Ter no Desenvolvimento de uma Vacina para a AIDS? Oportunidades e Obstáculos para a Pesquisa, o Desenvolvimento e a Inovação em Vacinas no Brasil

Informações

Código: GCT2659
Divisão: GCT - Gestão de Ciência, Tecnologia e Inovação
Tema de Interesse: Tema 07 - Política e Gestão de Ciência e Tecnologia

Autores

Jose Vitor Bomtempo, Cristiane Quental, Rosiceli Baetas

Resumo

Este trabalho estuda o sistema nacional de inovação biofarmacêutico tendo como foco odesenvolvimento de uma vacina para AIDS. Como o sistema nacional de inovação poderesponder a esse desafio? Sua evolução recente o capacita a ter um papel relevante nosesforços internacionais para o desenvolvimento de uma vacina para a AIDS? Que ações epolíticas poderiam ser sugeridas? O objetivo é discutir a participação do Brasil nessesesforços, bem como identificar obstáculos, oportunidades e políticas para fortalecer apesquisa, o desenvolvimento e a inovação (P&D&I) de vacina contra AIDS no Brasil e,concomitantemente, promover o amadurecimento do sistema de inovação biofarmacêuticonacional. Partindo da identificação dos atores chave do sistema, foram realizadas 27entrevistas que serviram de base para a elaboração de um diagnóstico inicial. Esse diagnósticofoi aprofundado por meio de discussões sucessivas com grupos de especialistas erepresentantes da indústria farmacêutica, universidades e centros de pesquisa, produtorespúblicos de vacinas e as diversas instâncias governamentais (agências, ministérios, orgãos defomento). O documento final elaborado traça um diagnóstico do estágio atual do sistema deinovação biofarmacêutico, identifica as oportunidades para o desenvolvimento para odesenvolvimento de uma vacina para AIDS, assim como os obstáculos existentes. Conclui-seque o sistema de inovação evoluiu nos últimos anos, abrindo perspectivas de maiordinamismo e esforços mais consistentes para a inovação. Embora persistam problemascrônicos de infraestrutura e burocracia, constata-se uma nítida mudança de patamar. Aevolução do sistema entretanto coloca em evidência novos problemas, anteriormente nãopercebidos, como a efetiva inserção internacional e a busca de formas organizacionais paraestruturar a inovação reunindo empresas, academia e governo. Os desafios organizacionais ede coordenação que se colocam nas relações entre a pesquisa universitária e as empresas,buscando novos modelos de atuação, são hoje formulados claramente e estão à procura desoluções criativas e inovadoras dos agentes e atores envolvidos. Da mesma forma, osmecanismos de fomento e atuação governamental estão desafiados a encontrar novosformatos organizacionais, além de assegurar a sempre necessária e difícil coordenação dosprogramas e políticas. O trabalho apresenta, em conclusão, um conjunto de ações que, à luz dapesquisa, poderiam contribuir para expandir a capacitação do sistema brasileiro de inovaçãobiofarmacêutico.

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