EnANPAD 2011

Trabalhos apresentados


Tudo se Resolve com um Aperto de Mão? A Geração de Inovação com o Uso de Redes Colaborativas em Empresas de Tecnologia da Informação


Informações

Código: GCT1689
Divisão: GCT - Gestão de Ciência, Tecnologia e Inovação
Tema de Interesse: Tema 03 - Inovação e Redes

Autores

Fernando Penha Nakazone, Tomas Sá Moreira Dvorak, Marcelo Feal de Oliveira, Leandro Rodrigues de Góes, Bruno Ambar Vitorino, Conceição Aparecida Pereira Barbosa

Resumo

Este artigo trata da análise de como o uso de redes colaborativas influencia o processo deinovação das empresas. O referencial teórico teve como abordagem as redes colaborativas e ainovação, assuntos combinados para investigação do seguinte problema de pesquisa: como ainovação em processos de negócios com o uso de redes colaborativas influencia odesenvolvimento de produtos no setor de Tecnologia da Informação?, objetivando verificar opotencial de geração de inovação por meio de redes colaborativas. A pesquisa empírica quelhe deu suporte baseou-se em cinco entrevistas semi-estruturadas realizadas com umespecialista sobre o tema (National Aeronautics and Space Administration - NASA) egestores de organizações (New American Foundation, Mozilla Foundation, Intacto e Nuswit)que utilizam essas redes. Para o tratamento dos dados foi aplicado o método de análiseinterpretativa do conteúdo textual (FLORES, 1994) e as meta-categorias identificadasrevelaram os seguintes resultados: a) a maioria das empresas entrevistadas utiliza-se domodelo informal de redes – ou seja, sem a existência de contrato -, característica essa deelevada importância para a obtenção dos resultados esperados, segundo os entrevistados; b) asimetria de poder varia de acordo com a particularidade de cada caso, de modo que não houveconsenso quanto à mais vantajosa – simétrica ou assimétrica; c) comprovou-se a flexibilidadeobtida no uso da inovação aberta e das redes colaborativas, de modo que há uma profundageração de conhecimento e competências coletivas oriunda das interações decorrentes; d) asmotivações que originam as redes variam de acordo com os fins pretendidos pelosparticipantes, sendo que a mais recorrente foi o ganho de aprendizagem coletiva decorrentedo processo de colaboração, enquanto que as vantagens foram a redução dos custos e o ganhode velocidade; e) os riscos que permeiam as redes foram identificados por todos osentrevistados, sem exceção - e, apesar de serem relevantes e tidos como inerentes ao processocolaborativo, são assumidos de maneira consciente pelos participantes, pois não superamganhos e benefícios angariados; f) houve consenso de que o modelo de inovação fechadapossui limitações – a principal delas sendo o não aproveitamento do capital intelectual queexiste fora dos limites da empresa; g) o uso da inovação aberta se configura como umincentivo à criação, já que possibilita o envolvimento em massa das comunidades para odesenvolvimento de projetos; h) conceitos como o de código aberto (open source) sãobastante disseminados, ao contrário do conceito geral de inovação aberta (open innovation),ou seja, as empresas não sabem que aplicam modelos abertos, gerando, além de conflito entreconceitos, o emprego incorreto de nomenclaturas. Além disso, identificou-se uma relaçãoentre a aplicação do código aberto e a inovação incremental e a inovação aberta com ainovação radical; e i) que o uso de redes colaborativas, com o benefício da aprendizagemcoletiva, é um catalisador do processo de inovação, pois traz uma ruptura com o processo deobtenção de novas ideias, aumentando a capacidade de aprimoramento dos produtos.

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