EnANPAD 2011

Trabalhos apresentados


TEORIA DO PORTFÓLIO: COMPARAÇÕES ENTRE MODELOS ALTERNATIVOS PARA ALOCAÇÃO DE RECURSOS EM ATIVOS DE RISCO


Informações

Código: FIN2555
Divisão: FIN - Finanças
Tema de Interesse: Tema 04 - Investimento e Apreçamento de Ativos

Autores

Alcides Carlos de Araujo, Alessandra de Ávila Montini

Resumo

O trabalho de Markowitz (1952) modificou a forma de analisar o problema de formação deportfólios de ações. Pesquisadores clássicos como Sharpe (1964) e Lintner (1965) ampliaramas discussões, além de provocarem o levantamento de dúvidas e questionamentos a respeitodo assunto. Quanto aos parâmetros para otimização dos portfólios, além do famoso modelo demédia-variância desenvolvido por Markowitz, outras abordagens paralelas desenvolvidas,alguns dos mais importantes foram os modelos baseados no chamado downside risk e aquelesfocados na perda esperada dado um valor α (percentis das distribuições de probabilidades).Nestes modelos, as seleções dos ativos ocorrem a partir da avaliação de distribuições deprobabilidades assimétricas; o foco estaria em avaliar um dos lados da distribuição, ou seja, olado das perdas, visto como a verdadeira parte da distribuição que significa risco. Algunsdestes modelos são LPM (Lower Partial Moment), VaR (Value at Risk) e CVaR (ConditionalValue at Risk); os referidos modelos, viabilizados pelas capacidades computacionais daatualidade conjuntamente com os avanços na teoria, constituem a chamada Post-ModernPortfolio Theory (ROMAN; MITRA, 2009). Jarrow (2006) cita algumas justificativas para acrescente atenção nas medidas de downside risk; como os correntes debates devido àsnumerosas catástrofes financeiras e os acordas da Basiléia I e II; nestas discussões, medidasde downside risk como o VaR possuíram importância considerável. O crescente uso dederivativos na gestão de portfólios resulta numa mudança na forma de observar a distribuiçãode probabilidade da carteira, isto é, de uma distribuição simétrica para assimétrica. Por último,a utilização de ativos de renda fixa é crucial em períodos de desaceleração do mercado;entretanto, a existência de “caudas gordas” nas distribuições de probabilidade destes produtosdificulta a análise por média-variância. A partir destas considerações, o objetivo do artigo écomparar os modelos de otimização por Média-Variância (MV), LPM (Lower PartialMoment) e CVaR (Conditional Value at Risk) para estudar suas diferentes formas dealocações em carteiras de investimentos formadas por ações da bolsa de valores do Brasil.Para atingir os objetivos traçados foram descritas as principais características dos modelos egeradas carteiras de mínimo risco num período de estimação (in-the-sample) e avaliados seusdesempenhos num período posterior (out-of-sample). Quanto aos resultados, não foramencontradas evidências de que as diferenças das composições das carteiras em cada modeloestariam relacionadas a maiores ou menores retornos. Também foram observadas asinstabilidades dos modelos perante as variações no tempo; um ponto ainda mais interessanteseria a inversão destes resultados entre as estimações in-the-sample e out-of-sample. Contudo,os modelos LPM e CVaR demonstraram de forma aparente retornos maiores, seja na amostrade estimação ou no período de avaliação. Para pesquisas futuras, recomenda-se analisar oimpacto da assimetria na formação das carteiras, acredita-se que os modelos focados nodownside risk podem demonstrar melhores resultados.

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