EnANPAD 2011

Trabalhos apresentados


O Valor da Flexibilidade de Veículos Convertidos para o Gás Natutal Veicular (GNV)


Informações

Código: FIN1293
Divisão: FIN - Finanças
Tema de Interesse: Tema 07 - Temas Livres

Autores

Graziela Fortunato, Sergio Augusto Pereira Bastos

Resumo

Este estudo tem como objetivo valorar a opção de compra na conversão de veículos leves flexpara gás natural veicular, considerando a pouca capilaridade dos postos na oferta destecombustível. O uso do gás natural como fonte de energia no setor de transportes surgiu comouma alternativa menos danosa ao meio ambiente, além deste energético ser encontrado deforma abundante na natureza. Embora não seja uma fonte renovável, é uma alternativa ao usode gasolina e etanol em veículos leves, uma vez que as propriedades químicas do gás naturalpermitem sua utilização como combustível em motores que funcionam por meio de igniçãopor centelhamento. Há inúmeros outros fatores que têm influência na questão energética e quecontribuem para a validação de formas alternativas de energia, como, por exemplo, o uso degás natural como combustível (International Energy Agency, 2010). Veículos leves(automóveis particulares ou comerciais) podem ser fabricados com a possibilidade de uso demais de um combustível (flex), usualmente gasolina e etanol, e, posteriormente, seremconvertidos ao Gás Natural Veicular (GNV), configurando-se uma opção tripla de uso decombustíveis a cada abastecimento. A decisão de conversão depende de fatores econômicos eda disponibilidade do combustível, dada pela capilaridade dos postos que o oferecem. Nesteestudo, utiliza-se a metodologia de opções reais para valorar a flexibilidade obtida pelaconversão de veículos leves flex, movidos a gasolina e etanol, para o GNV, considerando queexistem incertezas quanto à evolução dos preços dos combustíveis alternativos e o risco deescassez do GNV. Este estudo seguiu Bastian-Pinto, Brandão e Alves (2010) ao reconhecer ovalor da opção dos veículos flex dada a diferença de preços dos combustíveis, gasolina eetanol. O diferencial é a consideração do GNV e principalmente a escassez dos pontos deabastecimento, tornando um item relevante na avaliação. A decisão de conversão por parte deum dono de veículo se dará considerando a intensidade de uso do veículo e a percepção deescassez do GNV. Com isso, aplicou-se uma análise de sensibilidade que apresente o valor daflexibilidade a partir da conjugação de níveis de distância percorrida mensalmente com aprobabilidade de escassez. Os resultados evidenciam que quando a escassez for alta, chegandoa 70%, o mínimo de distância percorrida para que o valor da opção se torne positiva deve serem torno de 2.000 km por mês. Além disso, há uma vantagem significativa nessa decisão,tanto em relação ao valor de conversão, como em relação ao valor do automóvel. O valor daopção chegou a R$12.726,28 ou 324,21% de retorno sobre o custo da conversão, ou 25% dovalor do veículo de R$50.000 com 10% de escassez e considerando-se o benefício de reduçãono IPVA. Sem considerar o benefício de redução do IPVA, esse valor chega a R$9.476,09 ou215,87% de retorno sobre o custo da conversão ou 19% do valor do veículo de $50.000.

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