Value at Risk aplicado nos maiores mercados de capitais do mundo: uma análise comparativa de modelos de volatilidade
Informações
Código: FIN908
Divisão: FIN - Finanças
Tema de Interesse: Tema 03 - Gestão de Riscos e Derivativos
Autores
Luiz Eduardo Gaio, Tabajara Pimenta Júnior
Resumo
Durante os últimos anos, tem havido muitas mudanças na maneira como as instituiçõesfinanceiras avaliam o risco. As regulações têm tido um papel muito importante nodesenvolvimento das técnicas de medição do risco. Em sua essência, o VaR visa estimar asperdas máximas possíveis por um investidor dentro de um intervalo de probabilidade.Ele setornou um dos mais importantes mecanismos de mensuração utilizados por diversos tipos deinstituições, incluindo bancos, gestores de risco e administradores de carteiras. O bomgerenciamento das oscilações do mercado deixa de ser uma preocupação somente dasinstituições financeiras e passou a fazer parte das análises dos investidores que buscamsegurança e proteção contra quedas repentinas de preços.Diante das diversidades de técnicasde estimação e análise de risco utilizadas pelas bolsas de valores e de futuros, nacionais einternacionais, bem como as Clearings de controle de risco, este estudo propôs uma análisecomparativo de modelos de volatilidade para o cálculo do Value-at-Risk (VaR) aplicados aosprincipais índices de ações do mercado financeiro internacional. Utilizou-se os modelos devolatilidade condicional da família ARCH levando em consideração a presença de longadependência em seus retornos (memória longa) e assimetria na volatilidade. Em específico,utilizaram-se os modelos GARCH, EGARCH, APARCH, FIGARCH, FIEGARCH,FIAPARCH e HYGARCH estimados a parir de quatro diferentes distribuições, Normal, t-Student, G.E.D. e t-Student Assimétrica. Analisaram-se os índices dos principais mercados deações do mundo, sendo: Dow Jones, S&P 500, Nasdaq, Ibovespa, FTSE e Nikkei 225.Testou-se também a capacidade preditiva do modelo Riskmetrics desenvolvido pelo J.P.Morgan para o calculo do VaR, comparado com os modelos de volatilidade. Os resultadosobtidos no estudo sugerem que o pacote desenvolvido pelo J.P.Morgan não se aplicaadequadamente à realidade do mercado acionário mundial, como ferramenta de gestão econtrole do risco das oscilações dos preços das ações de empresas negociadas nas bolsas deNova Iorque, Nasdaq, BM&FBOVESPA, bolsa de Londres e bolsa de Tóquio. Os modelosque consideram o efeito de memória longa na volatilidade condicional dos retornos dosíndices do mercado de capitais mundial, em especial o modelo FIAPARCH (1,d,1), foram osque obtiveram melhor ajuste e desempenho preditivo do risco de mercado (Value-at-Risk),conforme valores apresentados pelo teste de razão de falha proposto por Kupiec (1995).
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