Estratégia de Cooperação em Redes: Intenção e Prática de um Aglomerado Territorial Turístico
Informações
Código: ESO1988
Divisão: ESO - Estratégia em Organizações
Tema de Interesse: Tema 07 - Estratégia e Cooperação
Autores
Maximiliano Francisco de Oliveira, Márcia Beatriz Amaral
Resumo
Na busca pela sobrevivência e pela prosperidade, em um mercado cada vez mais competitivoe dinâmico, torna-se necessária a procura por estratégias alternativas por parte dasorganizações. Surgem assim, novas estruturas organizacionais ligadas à formação de redes derelacionamento, particularmente, entre as empresas de pequeno porte. São diversos os estudossobre o assunto que apontam os benefícios da atuação em redes, especialmente, quando existeuma proximidade geográfica entre os participantes e uma relação de cooperação. Por meiodesse artigo, buscou-se analisar a intenção cooperativa e a efetiva estrutura de cooperação emum aglomerado territorial, tendo como principal objetivo conhecer a relação entre a intenção ea prática estratégica sob a perspectiva das teorias de redes interorganizacionais. Nessesentindo, procurou-se contribuir com o entendimento da formação das relações cooperativasquando se está atuando em redes. A pesquisa foi realizada em um aglomerado territorialturístico, formado por micro e pequenas empresas, localizado em Minas Gerais. A amostra foiselecionada em um mesmo segmento de atuação e representou 38% da população-alvo. Osdados foram coletados mediante a aplicação de um questionário fechado e de uma entrevistasemiestruturada. O questionário foi tratado com o emprego de técnicas da estatística descritivae com a utilização do software Ucinet 6.0, apoiado na teoria de análise de redes sociais. Asentrevistas foram interpretadas aplicando-se as técnicas da análise do conteúdo e da análise dodiscurso, visando complementar as informações qualitativas. Os resultados iniciais apontampara uma significativa intenção de se estabelecer redes de cooperação na amostra selecionadae confirma a existência de relacionamentos cooperativos, apesar de sua baixa intensidade. Aocomparar a relação entre a intenção e a prática, evidenciou-se o descompasso entre osconstrutos, revelando a superioridade da intenção. Uma das causas dessa diferença foiatribuída à formação de um subgrupo predominante, constituído pelas empresas de maioresrecursos, indicando que os esforços individuais tenderão a considerar o grupo específico e nãoa rede como um todo. Outra característica a ser considerada diz respeito à baixa intensidadeda cooperação entre as demais empresas, não pertencentes ao subgrupo principal, o queconfirma a necessidade da disponibilidade de tempo e recursos para o desenvolvimento deatividades cooperativas. Porém, tais esforços nem sempre são compartilhados em prol dacoletividade, seja por falta de condições ou de interesse. Conclui-se, portanto, que acooperação, mesmo em um ambiente propício a sua formação, pode ser limitada, dando lugara um clima de indiferença e até mesmo de competição.
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