EnANPAD 2011

Trabalhos apresentados


GOVERNANÇA DE ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS E SUAS POSSIBILIDADES


Informações

Código: ESO636
Divisão: ESO - Estratégia em Organizações
Tema de Interesse: Tema 07 - Estratégia e Cooperação

Autores

Camila Cristina de Paula Pereira, Liliane de Oliveira Guimarães, Miguel Angelo Gomes

Resumo

Este artigo apresenta os diversos conceitos de governança intersetorial presente na literaturaacerca de Arranjos Produtivos Locais (APL). Demonstra que conceitualmente existe umarelação entre o papel da governança eficiente sobre o desempenho econômico e social dosaglomerados produtivos com atividades, no sentido de que promova eficiência coletiva, maiorcolaboração interfirmas e aumento do fluxo de informações e conhecimento, levando àinovação e competitividade do arranjo. Faz uma revisão teórica das tipologias de governançade APL, conforme o grau de desenvolvimento da colaboração interfirmas, especialização aolongo da cadeia produtiva e competitividade. Avalia as possíveis similaridades nas diferentesclassificações dos autores Santos; Crocco; Lemos (2002), Mytelka e Farinelli (2000),Altenburg e Meyer-Stamer (1999); Markusen (1995); UNCTAD (1999); Schmitz (1993) eRissette; Macedo; Meiners (2003); Humphrey; Schmitz (2000); Müller (2009) com base nascaracterísticas funcionais e operacionais dos possíveis tipos de arranjo e, define categorias deAPL de forma mais objetiva e suscinta. O trabalho apresenta cinco possíveis tipologias paragovernança de arranjos, que foram apontados como: informais, organizados, inovativos,hierárquicos e subsidiados. Soma-se à temática de governança, a relevância de políticaspúblicas para a promoção das atividades produtivas presentes nos APL. Destacou-se quedesde a obra de Marshall (1982) no final do século XIX já se abordava a importância dofinanciamento das cortes para desenvolvimento das atividades produtivas em determinadaslocalidades e, que no caso Italiano, no período pós-guerra, se conseguiu melhoria dodesempenho econômico congregando esforços dos setores público, privado e entidades deapoio. Assim, reporta-se que merece destaque como as políticas públicas podem promover odesenvolvimento sustentável das atividades industriais e, que dentro de uma nova forma de sepensar a gestão estratégica industrial a governança setorial pode alcançar resultados efetivosse, se consegue, ao mesmo tempo, trabalhar informações e acessar recursos que isoladamenteas empresas não acessam. No Brasil, diferente dos exemplos emblemáticos presentes naliteratura, o que se verifica é que a discussão da temática ainda é recente, se comparada aoscasos apresentados nos países desenvolvidos. Isto é demonstrado, quando se observa que em1961 a OECD iniciou o processo de discussão sobre políticas para desenvolvimento de paísesemergentes e, em 1990 tais discussões entraram em debate no cenário nacional, sendoreconhecida formalmente em 2004, por meio da portaria interministerial do Ministério deDesenvolvimento Indústria e Comércio Exterior. Desta data até os dias de hoje, os esforçosneste sentido ainda perpassam sobre estudos exploratórios para identificação e mapeamentode APL.

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