Empreendedorismo, Crescimento Econômico e Competividade dos BRICS: Uma Análise Empírica a partir dos Dados do GEM e GCI
Informações
Código: ESO2080
Divisão: ESO - Estratégia em Organizações
Tema de Interesse: Tema 06 - Estratégia e Empreendedorismo
Autores
Raimundo Eduardo Silveira Fontenele, Paulo Francisco Barbosa Sousa, Alexandre Oliveira Lima
Resumo
O empreendedorismo pode auxiliar no crescimento econômico de determinados paísespela introdução de novos produtos no mercado ou pela evolução de produtos existentes, bemcomo por mudanças no processo produtivo e por aumento de competitividade. Após umarevisão de literatura sobre empreendedorismo, crescimento econômico e competitividade, oartigo fez uma investigação empírica para analisar a influência das variáveis independentes nataxa de empreendedorismo desses países. Neste sentido, esta pesquisa investiga a influênciada renda per capita, saúde e educação primária, educação superior e treinamento, tecnologia esofisticação dos negócios, nas diferenças da taxa de empreendedorismo total entre os paísesparticipantes do BRICS, que se refere a Brasil, Rússia, Índia, China e Africa do Sul. Para oestudo, reuniu-se uma base de dados de indicadores do GEM, GCI e de outras fontessecundárias, tais como a ERC – International Macroeconomic Data e o World EconomicOutlook do FMI – Fundo Monetário Internacional. A pesquisa foi realizada através de umaanálise estatística multivariada, composta pela regressão linear múltipla, visto que essa técnicaviabiliza a avaliação da influência simultânea das variáveis independentes e permite analisaras hipóteses definidas para o estudo. A regressão foi obtida em dois modelos, onde o primeiroconsistiu em utilizar como proxy para os indicadores de competitividade o valor geral do GCI(overall índex), enquanto que no segundo modelo foram utilizados separadamente os dozeindicadores que formam o GCI. Os resultados encontrados reforçam a hipótese de que existeuma relação positiva entre os índices de competitividade e a taxa de empreendedorismo, talcomo obtiveram os trabalhos de Carree et al. (2002); Wennekers et al. (2005); Acs &Armington (2004) e World Bank (2007). O resultado da pesquisa ressalta a importância decondições favoráveis de competitividade nos países para promoção do empreendedorismo.Igualmente, a variável Sofisticação nos Negócios (SNE) também se mostrou significante ecom sinal positivo, indicando que quanto melhor for o ambiente de negócios, maior é a taxade empreendedorismo. Por outro lado, a pesquisa constatou que a variável tecnologiaapresentou-se insignificante, ou seja, de acordo com os resultados obtidos, investimentos emtecnologia não produzem qualquer mudança na taxa de empreendedorismo. Por fim, os dadosobtidos nos modelos apresentam uma correlação negativa entre taxa de empreendedorismo eeducação superior e treinamento, o que corrobora com outros estudos que afirmam que nestespaíses o empreendedorismo predominante é o tipo por necessidade, tendo em vista que, àmedida que se investe em educação superior e treinamento, a taxa de empreendedorismotende a se reduzir nestas nações.
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