O nome do jogo: um olhar sobre empreendedores e empreendimentos criativos voltados à produção de vídeo no Triângulo Mineiro

Informações

Código: ESO194
Divisão: ESO - Estratégia em Organizações
Tema de Interesse: Tema 06 - Estratégia e Empreendedorismo

Autores

Adriano Elias, João Bento de Oliveira Filho, Márcia Freire de Oliveira

Resumo

Neste trabalho, propõe-se identificar e analisar as características de empreendimentoscriativos em cidades que não possuam tradição na produção de bens criativos e/ou naprestação de serviços criativos. O crescimento do mercado destinado à produção criativa e seuimpacto na sociedade tornam-no um campo de interesse para estudos de acadêmicos voltadosà identificação e à análise de características vinculadas tanto aos empreendedores quanto aosempreendimentos. Ressalta-se que, em se tratando de empreendedorismo criativo, o elementocriatividade dos indivíduos envolvidos é tido como essencial para o sucesso das atividades.Foram realizadas entrevistas com 06 (seis) empreendedores nas cidades de Uberaba – MG eUberlândia – MG que atuam no setor de indústrias criativas, especificamente com produçãode vídeos. A entrevista em profundidade foi a principal fonte de coleta de dados, juntamentecom dados disponibilizados pelos empreendedores. A técnica de análise de conteúdo foiutilizada, recorrendo-se ao software Atlas.ti. As categorias de análise foram divididas em trêsgrandes grupos, a saber: Capital Humano e Diversidade Cultural; História, EstruturaOrganizacional e Tecnologia e Demandas de Mercado e Políticas Públicas. Os dadoslevantados se aproximaram bastante do referencial teórico. Ressaltam-se a importância dapaixão como elemento motivador da ação empreendedora e da atividade criativa, levando aum grande envolvimento com o empreendimento por parte do empreendedor e a necessidadede profissionalização e de reconhecimento pelo mercado. A percepção que o empreendedortem sobre sua própria pessoa parece estar vinculada diretamente a sua área de atuação einteresse criativo. Percebe-se ainda que, por mais próximo que seja seu vínculo com a arte, afaceta de empreendedor mostra-se presente, pois tais esforços são voltados para atender àsdemandas de mercado, fato que não gera conflito entre a possibilidade da exploraçãoeconômica da arte. O negócio não é, necessariamente, a principal fonte de renda devido àbaixa remuneração dos serviços criativos. A importância da tecnologia para odesenvolvimento de empreendimentos criativos foi outro fator observado, juntamente com aconstrução de uma reputação frente ao mercado com base na qualidade do conteúdo dosprodutos apresentados. A noção de unicidade de cada produto gera a percepção de nãoexistência de concorrência. E esta, quando identificada, não é considerada devido à crença dasuperioridade do produto oferecido. Há o relato de relação simbiótica entre as empresasenvolvidas no mercado de indústrias criativas estudado, envolvendo parcerias e colaboraçõesinclusive com universidades e centros de formação. Contudo, o próprio acesso à tecnologiapode ser encarado como algo ilusório, ao se contrapor as possibilidades tecnológicasexistentes em cidades com tradição cultural e sem tradição. A distância de grandes centrosdificulta o acesso a melhores oportunidades, incluindo benefícios sindicais, que são encaradoscom certa desconfiança ou mesmo descrédito. Da mesma forma, leis de incentivo, apesar deserem tidas como necessárias, são encaradas como algo ainda muito distante.

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