ESTRATÉGIAS DE OFFSHORING E OUTSOURCING: COMPETITIVIDADE E RISCOS
Informações
Código: ESO2132
Divisão: ESO - Estratégia em Organizações
Tema de Interesse: Tema 08 - Negócios Internacionais
Autores
Moacir de Miranda Oliveira Júnior, Paulo Roberto Gião
Resumo
Dentro da área de Negócios Internacionais, uma nova tendência surgiu no início dadécada de 2000, em complemento ao movimento de outsourcing que já se observava hádécadas. Este movimento, denominado offshoring, passou a ocupar importante espaço namídia e também em periódicos especializados, onde se procurou entender, caracterizar edelimitar sua abrangência, causas e consequências.Lewin, Massini e Peeters (2009) relacionam offshoring ao processo de transferência ecoordenação de atividades (da cadeia de valor) ou funções de negócios através das fronteirasnacionais de uma empresa, e esclarecem que offshoring pode ser visto como uma nova formade internacionalização, em que as firmas desagregam suas cadeias de valor para múltiplaslocalizações, e que pode também envolver a externalização de processos e capacitaçõesespecíficas para terceiros.Associado a essa busca por maior competitividade, caso não seja encontrado o pontocorreto de permeabilidade das fronteiras da organização, pode haver ameaças e riscos viaexposição de importantes competências internas a terceiros e a outros países (HOECHT;TROTT, 2006), reduzir a capacidade de aprendizado (NAGHAVI; OTTAVIANO, 2009) ecriar forte dependência de fornecedores externos (KUMAR; Van FENEMA; Von GLINOW,2009), gerando riscos para a manutenção da competitividade (MOL, 2007) que se pretendaalcançar.Em vista do exposto, este artigo procura contribuir com o tema identificando como assubsidiárias de corporações multinacionais (CMNs) instaladas no Brasil avaliam suacompetitividade e riscos a que estão expostas, quando necessitam adquirir serviços junto aomercado (outsourcing), em complemento às suas operações no país (offshore insource). Paraisso são utilizadas informações obtidas através de um survey realizado junto a 145subsidiárias de corporações multinacionais instaladas no Brasil.Considera-se como contribuição mais relevante deste trabalho a identificação empíricado binômio competitividade-risco, resultado este não observado na análise dos estudosrealizados por outros autores. O referencial teórico pesquisado mostra que ganhos emcompetitividade podem ser obtidos por meio de operações de offshoring e outsourcing etambém que as empresas podem se expor a riscos com tais procedimentos. Ao tentar obtermelhores resultados mediante a terceirização, a empresa também se expõe a riscos e ambos osfatores foram observados como sendo diretamente proporcionais à realização de parcerias e àutilização de reconhecidas ferramentas para a decisão de terceirização de atividades. No nossoentendimento subjetivo, parece que, de fato, não há como ganhar competitividade e reduzir azero o risco de perda de competências quando se contratam terceiros para executar atividadesque não são realizadas internamente.
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