O Comportamento da Rivalidade dos Grupos Estratégicos no Mercado Bancário Brasileiro entre 2005 e 2009
Informações
Código: ESO2951
Divisão: ESO - Estratégia em Organizações
Tema de Interesse: Tema 04 - Estratégias Empresariais e Corporativas
Autores
Conceição Aparecida Pereira Barbosa, Moisés Ari Zilber
Resumo
Este trabalho objetivou analisar o comportamento da rivalidade dos grupos estratégicosno mercado bancário brasileiro. Para tanto, valeu-se, fundamentalmente, de umaabordagem integrativa entre elementos da economia e da estratégia, para discorrer sobreelementos diferenciadores do comportamento inter e intragrupos, tendo como proxy oResultado Bruto das firmas analisadas. O principal estímulo para esta discussão deveuseà crescente consolidação do mercado bancário brasileiro que apresentou umamodificação acentuada a partir de 2005 em função das operações de fusões e aquisiçõesrealizadas no período analisado. Dado o fato de que haveria uma suposta modificaçãona configuração dos grupos diante deste contexto, foi interesse identificar estasalterações a fim de responder ao seguinte problema de pesquisas: qual o comportamentorival inter e intragrupos estratégicos no mercado bancário brasileiro diante do contextode fusões e aquisições no período de 2005 a 2009? Sendo assim, este estudo foidesenvolvido com o uso de métodos quantitativos, com análises transversais elongitudinais. O primeiro desafio foi a determinação dos grupos para o que foramutilizados modelos tentativos que culminaram na escolha pela segmentação a partir dorecorte, em conjuntos sucessivos, de firmas detentoras de 50% das participações nosAtivos Totais, justificada pelo fato dos modelos de formação de cluster terem gerado,independente do método, dois agrupamentos. Foram, assim, determinados quatro grupos(Dominantes, Seguidores I, Seguidores II e Marginais), analisados a partir do modeloproposto por Cool e Dierickx (1993), que avaliaram a intensidade da rivalidade inter eintragrupo em um estudo da indústria farmacêutica entre 1963 e 1982, com o uso de ummodelo de regressão, replicado neste trabalho. A pressuposição inicial de que aconfiguração dos grupos mudaria ao longo do tempo foi confirmada, muito embora aestrutura do mercado como um todo tenha se mantido. Ficou evidente que em todos osanos analisados a rivalidade nos grupos superou a rivalidade entre grupos.Longitudinalmente se observa uma redução da rivalidade, representada pelo aumentodos coeficientes de regressão. Ressalte-se o fato de que o ano de 2008 apresenta umcomportamento atípico pela contabilização das despesas do Unibanco para o Itaú, bancoadquirente, sem a devida contrapartida nas receitas, situação identificada após a análisedos dados disponíveis, para entendimento da origem desse comportamento, aspecto quegerou uma oscilação nos resultados para o referido ano.
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