EnANPAD 2011

Trabalhos apresentados


Os Estilos de Aprendizagem Influenciam o Desempenho Acadêmico dos Alunos de Finanças?


Informações

Código: EPQ2645
Divisão: EPQ - Ensino e Pesquisa em Administração e Contabilidade
Tema de Interesse: Tema 05 - O Processo de Ensino na Administração e na Contabilidade

Autores

Rebeca Albuquerque Cordeiro, Anielson Barbosa da Silva

Resumo

A Aprendizagem Experiencial é uma abordagem utilizada na educação de adultos porenfatizar as experiências de vida e os processos externos de interação entre os indivíduos e oambiente e sua importância para os processos internos de reflexão e análise crítica. Nessaperspectiva, o modelo de aprendizagem vivencial de David Kolb preconiza que a maioria daspessoas desenvolve estilos de aprendizagem que priorizam determinadas habilidades emdetrimento de outras. Por essa razão, o autor desenvolveu um instrumento com o objetivo demedir as características de cada indivíduo como aprendiz. Além disso, ele procura demonstrarcomo os estilos individuais de aprendizagem afetam a educação gerencial. De acordo compesquisas realizadas pelo autor, os profissionais da área de Finanças possuem estilos deaprendizagem predominantemente do tipo convergente ou assimilador, devido à facilidadecom que lidam com as ciências exatas e a criação de modelos (KOLB, 1997). Dessa forma,supõe-se que os estudantes que possuem esses estilos de aprendizagem obtêm desempenhoacadêmico superior nos componentes curriculares de Finanças dos cursos de Administração.Nesse sentido, este artigo objetiva analisar os estilos de aprendizagem dos alunos deAdministração de Instituições de Ensino Superior da cidade de João Pessoa, de acordo com oInventário de Estilos de Aprendizagem de Kolb, e verificar se existe relação entre esses estilose o desempenho acadêmico nos componentes curriculares de Finanças. Adicionalmente,buscou-se identificar possíveis correlações entre as demais variáveis do estudo com os estilosde aprendizagem e o desempenho acadêmico, separadamente. A coleta de dados foi realizadapor meio de um questionário de perguntas fechadas. A amostra final foi composta por 114estudantes, sendo 25 de instituição pública e 89 de instituições privadas. Foram utilizadas asseguintes abordagens metodológicas: técnicas estatísticas descritivas, a fim de caracterizar aamostra e identificar os estilos de aprendizagem dos estudantes; e testes qui-quadrado deindependência e ANOVA, por meio dos quais se analisou o grau de independência entre asvariáveis estudadas. De acordo com os resultados obtidos, verificou-se que o desempenhoacadêmico nos componentes curriculares de Finanças independe dos estilos de aprendizagemdos estudantes pesquisados. Em contrapartida, observou-se que o desempenho dos estudantesdifere com relação ao tipo de instituição de ensino. Por outro lado, conforme previsto pelaliteratura, verificou-se que a experiência profissional interfere nos estilos de aprendizagemdos estudantes. Portanto, embora não se tenha revelado relação de dependência entre osestilos de aprendizagem dos estudantes e o desempenho acadêmico em Finanças, pode-seconcluir que os resultados deste estudo são coerentes com os pressupostos de Kolb, cujo focoreside na Aprendizagem Experiencial.

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