EnANPAD 2011

Trabalhos apresentados


Internacionalização Entre Empresas de Economias Emergentes: Evidências na Rede de Negócios Brasil-Rússia


Informações

Código: EOR1595
Divisão: EOR - Estudos Organizacionais
Tema de Interesse: Tema 13 - Temas Livres

Autores

Karim Marini Thomé, Rosa Teresa Moreira Machado, José Márcio Carvalho

Resumo

Economias emergentes, particularmente Brasil, Rússia, Índia e China (BRIC), são umrecente campo de pesquisa na área dos negócios internacionais. Inserido neste contexto, opresente estudo pretende contribuir para melhor entender a internacionalização de empresasentre economias emergentes, retomando o modelo de Uppsala na sua mais recente revisão(Johanson & Vahlne, 2009) incorporando as idéias de Peng, Wang and Jiang (2008) a respeitode negócios internacionais. Mais especificamente, este artigo analisa a internacionalização defirmas brasileiras no mercado russo.Como referencial teórico utilizou-se o modelo de Uppsala (Johanson & Vahlne, 2009)no contexto de economias emergentes (Peng, Wang, & Jiang, 2008), focando em atributosinstitucionais (problemas/características/barreiras) como descrevem Aidis e Adachi (2007),Meyer e Peng (2005) e Fey e Beamish (2000). A construção teórica ainda considera oprocesso de internacionalização em dois pontos: firma brasileira vs. rede de negócios naRússia e rede de negócios na Rússia vs. firma brasileira.Este estudo é exploratório descritivo, com variáveis qualitativas e é enquadrado comoestudo múltiplo de casos. Brasil e Rússia foram escolhidos por serem economias emergentes epor possuírem grande representatividade no setor objeto do estudo. O Brasil é o maiorexportador e a Rússia o segundo maior importador de carne bovina, efetuando no ano de 2008transações na ordem de 1,5 bilhões de dólares. Na coleta de dados lançou-se mão deentrevistas semi-estruturadas, observação não participativa e análise documental ao longo dosegundo semestre de 2009.Os resultados mostram que o modelo revisado de Uppsala contribui parcialmente paraa explicação da internacionalização das firmas estudadas. Alguns pressupostos, como aligação de mercado a mercado pela rede de negócios, o reconhecimento pela rede decompetências inerentes à firma, a possibilidade de decisão de comprometimento norelacionamento da rede para a firma e o inverso são empiricamente encontrados. Contudo, omodelo revisado de Uppsala não considera a possibilidade da utilização da rede de negóciosem outros fatores também encontrados, como na limitação da expansão de firmas e no retornode atributos de competências e capacidades da firma como diferencial em situações de redesde negócio com alto nível de confiança. Por fim este artigo sugere pesquisas relacionadas aoquadrante “Aspectos de Mudança” do modelo de Johanson e Valhne (2009), com a finalidadede criar novas variáveis para análise, a fim de que sejam testadas em mercados emergentes,pela ótica da firma e da rede de negócios, isto associado a estudos que busquem explicar acombinação da rede de negócios em ambientes institucionais em economias emergentes bemcomo seu reflexo na atuação das organizações.

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