EnANPAD 2011

Trabalhos apresentados


Comparação de três escalas para a Mensuração da Aprendizagem Organizacional


Informações

Código: EOR1365
Divisão: EOR - Estudos Organizacionais
Tema de Interesse: Tema 02 - Conhecimento, Aprendizagem e Inovação

Autores

Diógenes de Souza Bido, Bruno Felix von Borell de Araujo

Resumo

Esta pesquisa teve por objetivo avaliar as propriedades psicométricas (validade convergente,validade discriminante, confiabilidade composta, validade de critério e nomológica) de trêsescalas de mensuração da AO. Foram obtidas 416 respostas válidas de diferentes organizaçõesdo ramo industrial e de serviços na região Sudeste do Brasil. Os dados foram analisados emduas etapas. Na primeira foi utilizada a análise fatorial confirmatória, mantendo-se a estruturafatorial definida nos estudos prévios. Na segunda etapa de análise, a AO foi utilizada comopreditora do desempenho organizacional, mediada pela inovação. Do ponto de vistapsicométrico (validade convergente, validade discriminante, confiabilidade, validade decritério e validade nomológica) as três escalas apresentaram resultados aceitáveis. Entretanto,a escala de Bontis, Crossan e Hulland (2002) foi a que apresentou menor correlação com aescala de López, Peón e Ordás (2005a; 2005b) e também menor correlação com a inovação(validade de critério). O fato de ter havido validade discriminante entre as três escalas (o idealé que não houvesse) pode ser explicado pela complexidade do construto “aprendizagemorganizacional”, que foi modelado com variáveis latentes de ordem superior para abarcar deforma mais completa o domínio de definição do construto. Foi observado que há maiorsobreposição de conteúdos da escala de Chan (2003) e López et al., enquanto a escala deBontis et al. não inclui aspectos relacionados a “pessoas”. Como tinha sido proposto nomodelo hipotético, a influência da aprendizagem organizacional no desempenhoorganizacional é mediada totalmente pela inovação e, novamente, a escala de Bontis et al.apresentou validade de critério levemente inferior às outras duas. A primeira implicaçãodesses resultados é a necessidade de ampliar a escala de Bontis et al. incluindo-se itensrelacionados a “pessoas”, melhorando assim sua validade de conteúdo. Para pesquisas futuras,tanto a escala de Chan (2003) como a de López et al. se mostraram adequadas para amensuração da aprendizagem organizacional. A ausência de assertivas referentes a “pessoas”na escala de Bontis et al. é explicável pelo contexto em que foi desenvolvida, que era maisrelacionado a gestão do conhecimento, cuja preocupação principal são os mecanismos esistemas para a aquisição, disseminação e armazenamento de informações. Do ponto de vistametodológico, uma contribuição que pode ser apontada foi o uso do PLS-PM (Partial LeastSquares Path Modeling), que permitiu a estimação do modelo completo e a avaliação de suaspartes. A análise fatorial exploratória seria inadequada, como se observou na análise de SilvaFilho (2009) e o LISREL não teria suas suposições atendidas ou a não-convergência doalgoritmo dada a complexidade do modelo. Como limitações aponta-se a impossibilidade degeneralizações, dado que a amostra não é probabilística, e a impossibilidade de se fazerafirmações causais, já que o estudo é correlacional e cross sectional.

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