Gestão Estratégica de Pessoas como Política Pública: Estudo de Caso no Ministério da Ciência e Tecnologia
Informações
Código: APB1369
Divisão: APB - Administração Pública
Tema de Interesse: Tema 05 - Dimensões Intra Organizacionais das Organizações Públicas
Autores
Carla Patricia Almeida Rocha Terabe, Sandro Trescastro Bergue
Resumo
O objetivo do estudo exploratório é identificar o modo como o Ministério da Ciência eTecnologia vem agindo no tocante à gestão de pessoas, no contexto da Política Nacional deDesenvolvimento de Pessoal (Dec. federal 5.707/2006). Assume-se que a PNDP constituimarco institucional de uma política pública em torno da qual se articulam os órgãos eentidades do Poder Executivo, destacando-se o Ministério do Planejamento, Orçamento eGestão e a Escola Nacional de Administração Pública. A investigação aborda o fenômeno datransição da área de recursos humanos do MCT, de um desenho tradicional para oestratégico. Esse objeto de investigação suscita a formação histórica da administração públicabrasileira e a influência do pensamento gerencial clássico. São trazidas como lentes analíticasos fundamentos conceituais que formataram a área de RH da administração pública e doMCT, em suas feições funcionais, dando os contornos do que se convenciona denominar deRH tradicional. As características atuais dominantes das áreas de RH na administraçãopública, em termos de estruturas e processos, são inspiradas no taylorismo, do fayolismo,entre outros, que adentraram o setor público pela ação do DASP, e promoveu, à época,importantes transformações. Assume também posição de destaque a definição dos contornosde estratégia na administração pública e, por conseguinte, o que seria um RH estratégiconesse setor com base em autores nacionais e internacionais dedicados ao tema emergente.Lançados esses referenciais analíticos, avançou-se sobre a realidade do MCT e buscou-seelucidar como o RH é percebido pelos principais atores daquela organização. Com esseobjetivo e referencial analítico, o estudo assenta-se em pesquisa de campo, empreendida sob aforma de estudo de caso, em que os dados são coletados a partir de entrevistassemiestruturadas, observação e análise documental, inclusive de pesquisas anteriores doMCT. Pode-se afirmar que os resultados revelam-se compatíveis com a confirmação dopressuposto de que a área de recursos humanos atua preponderantemente no campooperacional e que não existe um RH Estratégico no MCT tal como delineado no marcoteórico. Os resultados sugerem fraco embasamento conceitual dos atores sobre a definição deRH estratégico, fato que limita a apropriação desse modelo; reduzida percepção da gestão depessoas como função de todos os gestores na organização, restando reforçada a ideia de umRH funcional. O estudo também aponta que o tema gestão de pessoas não está na pauta deprioridades das autoridades superiores da organização, não sendo, paradoxalmente, as pessoasentendidas como ativos estratégicos em um ministério que fomenta ciência e a tecnologia.Impõem-se a adoção de um planejamento estratégico que coloque a gestão de pessoas tambémem posição de destaque, assim como o mapeamento de competências.
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