O perfil dos Dirigentes de TI de uma Capital Brasileira e a sua Percepção com Relação a Estratégia e Arranjos de Governança de TI
Informações
Código: ADI1139
Divisão: ADI - Administração da Informação
Tema de Interesse: Tema 05 - Governança e Gestão de Tecnologia da Informação
Autores
Cláudio Márcio Campos de Mendonça, Manoel Veras de Sousa Neto, Lenin Cavalcanti Brito Guerra
Resumo
Devido a importância da TI no ambiente empresarial e da necessidade deintegração entre as estratégias de negócio e da TI, a Governança de TI passou a ser adotadaem busca desse alinhamento, além da necessidade de uma maior profissionalismo aosprocessos decisórios da TI. O Dirigente de TI (CIO) é componente importante nessecenário, pois ele é frequentemente responsabilizado por sua implantação. Este artigo temcomo objetivos a identificação do perfil dos Dirigentes de TI de uma capital brasileira, suapercepção com relação estratégia de negócio e TI e de decisão com relação a alocação dosdireitos decisórios de TI. Foi desenvolvida uma pesquisa quantitativa com o método surveydescritiva com 29 Dirigentes de TI. Os resultados indicaram que o perfil dos Dirigentes deTI, existe uma predominância de homens, na faixa dos 31 a 35 anos, na sua maioria comgraduação e pós-graduação, e que estão buscando especialização na área de gestão. Já comrelação a estratégia de negócio e TI, para eles, a TI é muito importante para o negócio daempresa, e que nos últimos 2 anos, a TI superou as expectativas da organização (44,8%),resultado similar ao estudo internacional do ITGI (2009); possuem participação razoávelna estratégia de negócio, já no quesito estratégia da TI, 72,4% responderam possuir alta emuito alta participação. Eles buscam o alinhamento entre a estratégia de negócio e a de TI.Na utilização de melhores práticas (ITIL, COBIT, PMBOK, CMMI, etc) um item épreocupante, pois possuem pouco conhecimento e aplicam menos ainda. O ITIL é omodelo mais utilizado seguido do PMBoK. Diferentemente do cenário internacional, odirigente de TI não se encontra comumente vinculado ao setor financeiro. Outro fator quedestoa do cenário internacional é que a maioria não faz parte da equipe executiva (board)e não possuem o mesmo nível de decisão da equipe executiva. Quanto à alocação dosdireitos decisórios e fazendo uma comparação com o modelo de Weill e Ross, a pesquisademonstrou uma predominância do arquétipo Monarquia de TI (decisões tomadas pelaequipe de TI, principalmente pelo CIO) nas decisões sobre princípios de TI (51,7%),arquitetura de TI (72,4%), estratégias de infraestrutura de TI (75,9%) e necessidades deaplicações de negócio (41,4%), também foi observado um percentual relativamenteelevado em investimentos em TI (27,6%), embora tenha fica abaixo do arquétipo Duopólio(34,5%), que é resposta similar ao estudo de Weill e Ross (2006). Foi observadoigualmente a pesquisa de Jaeger-Neto et al (2010), que também destoou da pesquisa deWeill e Ross (2006), onde o arquétipo Monarquia de TI também foi superior para adecisão-chave sobre princípios de TI. Fica sugerido na pesquisa uma centralização nosdirigentes de TI das decisões gerais que envolvem a TI, e que as decisões estratégicas denegócio são tomadas pelos executivos da organização, com uma razoável participação daequipe de TI e que aspectos vinculados a TI, sejam eles estratégicos ou técnicos, osgestores deixam a cargo dos dirigentes da TI.
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