Relações de Trabalho e RH: a Possibilidade de uma (Re) Articulação Teórica a Partir da Contribuição da Teoria da Estruturação
Informações
Código: GPR2797
Divisão: GPR - Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho
Tema de Interesse: GPR-B - Relações de Trabalho
Autores
Raquel Alves Furtado
Resumo
O objetivo deste artigo é discutir as possibilidades de rearticulação teórica entre oscampos de Gestão de Recursos Humanos (RH) e Relações de Trabalho (RTs). Emboratenham nascido juntos, ao longo do século XX, RH e Relações de Trabalho se distanciaram: oRH voltou-se para o nível micro, enquanto as Relações de Trabalho, que nasceram com umescopo muito abrangente (todos os aspectos do trabalho), acabaram voltando-se, tanto nosEUA quanto no Brasil, para o que se chama o nível meso: relações sindicais e negociaçãotrabalhista. Esta polarização gerou, em ambos os lados, uma limitação. Embora alguns autoresbrasileiros (Fischer, 1987; Fleury, 1989; Siqueira, 1991) tenham tentado ampliar o escopo docampo de RTs entre os anos 1980 e 1990, propondo uma incorporação teórica de RH como onível micro de RTs, na prática essa proposição não se configurou. Este ensaio se vale daTeoria da Estruturação, de Giddens (1989), para propor uma (re) articulação teórica, queintegre os campos de RH e de RTs. De acordo com esta visão, não se pode nem valorizar só aforça da estrutura nem da agência humana, mas vê-las em contínua interação, influenciandosemutuamente. Neste sentido, é possível conceber um campo teórico que privilegie umaanálise nos dois pólos e que integre os níveis macro, meso e micro.
Abrir PDF