Estresse, Doença do Tempo: um Estudo Sobre o Tempo Espremido dos Altos Executivos Brasileiros.

Informações

Código: EOR788
Divisão: EOR - Estudos Organizacionais
Tema de Interesse: EOR-B - Comportamento Organizacional

Autores

Betânia Tanure, Antônio Carvalho Neto, Carolina Mota Santos, Roberto Patrus Mundim Pena

Resumo

O objetivo deste artigo é apresentar os dados de uma pesquisa sobre estresse, realizadacom 965 altos executivos brasileiros. O corte para a apresentação dos dados foi o tema“tempo”. O referencial teórico apresenta duas formas de mensuração do tempo, pelo relógiode sol e pelo relógio mecânico e as relaciona com as concepções de mundo natural(contemplado) e mecanicista (fabricado). Também traz a descrição das tipologias básicas deestresse, a partir de uma leitura de autores seminais Selye (1959; 1965; 1974), Albrecht(1990) e Cooper (1988). Os dados da pesquisa, que conjugou estratégia quantitativa equalitativa, demonstram que o estresse está diretamente relacionado com a variável tempo, ouseja, há diferenças estatisticamente significativas quanto ao grau de satisfação no trabalhoentre as pessoas que trabalham de 8 a 9 horas, as mais satisfeitas, e as que trabalham 12 horasou mais, as menos satisfeitas. Além disso, a freqüência de apresentação de sintomas deestresse é maior para os respondentes que trabalham 12 ou mais horas. O tempo dos altosexecutivos é abordado na pesquisa qualitativa, como algo autônomo, abstrato, independente,tal qual a concepção de tempo associada à concepção mecanicista da natureza. Não por acaso,o estresse já foi caracterizado como uma doença do tempo.

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