O Mundo Que Nós Perdemos: da Solidariedade Pré-Industrial à Economia Solidária
Informações
Código: APS220
Divisão: APS - Administração Pública e Gestão Social
Tema de Interesse: APS-A - Estado, Administração Pública e Sociedade Civil
Autores
Washington José de Souza
Resumo
Laslett (2000), em The World We Have Lost, resgata dinâmicas do estilo de vida em períodoanterior à Revolução Industrial, sintetizando efeitos do surgimento do capitalismo industrialno cotidiano da população britânica até meados do Século XVIII. Existiam duas dinâmicassolidárias: no campo, o cultivo, a colheita e a partilha dos resultados da produção de modocoletivo; em áreas urbanas, artesãos viviam com a família do mestre sob laços de proximidadeque independiam de relação consangüínea. Em certo grau, o movimento atual em torno daeconomia solidária retoma princípios daquele estilo de vida, descontinuado com o advento daRevolução. Parte das iniciativas solidárias correntes – a exemplo daquela narrada por Ferreira(2000) acerca do MST – são, na arena política, conquistas sociais alcançadas pela via demovimentos de resistência e de retomada gradativa de consciência do homem em torno dascondições gerais do ambiente e da necessidade de se reconquistar a vida humana associada.De outra forma, conforme aponta Demo (2004), há experiências solidárias que, ao atribuirreduzida atenção à formação política para o confronto com a injustiça e a desigualdade, sedestinam tão somente à manifestação de poder e à dominação.
Abrir PDF