Escritórios de Projetos (EP) são entidades organizacionais a quem são atribuídas diversas responsabilidades relacionadas ao gerenciamento e projetos da organização. Em virtude da aceleração dos investimentos em tecnologia de informação (TI) e do aumento da importância estratégica destes investimentos, a criação destas entidades começou a se intensificar na década de 90. Muito embora grandes empresas tenham criado um EP na área de TI (EP-TI), outras optaram por não fazer isso. Esse artigo apresenta um modelo conceitual dos direcionadores da decisão de criação de EP-TI, sugerindo que essa decisão depende da satisfação com a entrega dos projetos de TI, da satisfação com o controle do portfolio de projetos de TI, da importância estratégica do portfolio de projetos de TI e da opinião da direção da empresa sobre EP. O modelo foi desenvolvido indutivamente a partir da literatura e quatro estudos de casos. Esta pesquisa contribui para o desenvolvimento da teoria contextual de gerenciamento de projetos através do aumento da compreensão das situações em que a criação de EP-TI faz sentido e das situações em que não faz. Para a prática, o modelo conceitual pode ser uma ferramenta muito útil para executivos que estão considerando se devem ou não criar um EP-TI em suas empresas, ajudando-os a tomar decisões mais eficazes
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