Diferenças de Gênero no Processo de Construção das Identidades Socioprofissionais nas Áreas da Saúde e da Engenharia
Informações
Código: EnEO219
Divisão: EnEO - Divisão de Estudos Organizacionais
Tema de Interesse: Tema 06 - Gênero e Diversidade
Autores
Adriane Vieira (Gestão de Serviços de Saúde/Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG) - vadri.bh@gmail.com
Alexandre de Pádua Carrieri (Centro de Pós-Graduação e Pesquisas em Administração/Universidade Federal de Minas Gerais - CEPEAD/UFMG) - aguiar.paduacarrieri@terra.com.br
Plínio Rafael Reis Monteiro (Centro de Pós-Graduação e Pesquisas em Administração/Universidade Federal de Minas Gerais - CEPEAD/UFMG) - preisufmg@gmail.com
Fátima Ferreira Roquete (Gestão de Serviços de Saúde/Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG) - fatimaroquete@gmail.com
Luiz Carlos Brant Carneiro (Gestão de Serviços de Saúde/Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG) - brant.ufmg@gmail.com
Vanessa de Almeida Guerra (Gestão de Serviços de Saúde/Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG) - vanessaalmeidaufmg@gmail.com
Resumo
O objetivo do trabalho foi comparar as percepções sobre a identidade socioprofissional de estudantes de cursos de graduação predominantemente femininos, da área da saúde, e masculinos da área de engenharia. O método de investigação escolhido foi o estudo transversal por meio de levantamento (survey). A amostra somou 502 estudantes. Os dados foram coletados por meio de questionário, utilizando-se como técnica de análise a estatística descritiva e análise fatorial exploratória e modelagem de equações estruturais com abordagem multigrupos. Os respondentes do gênero masculino da área de engenharia totalizam 68% e os do gênero feminino da área da saúde 89%. Quanto à renda familiar mensal, 41% dos estudantes da engenharia possuem renda de R$10.200,00 ou mais, enquanto na saúde eles somam apenas 8%. As dimensões que descrevem ?bem? as profissões das duas áreas são: ?dinamismo? e ?tecnicidade?. Os estudantes da área saúde acrescentaram: ?esforço? e ?ética?. As dimensões dedicação e subordinação apresentaram médias maiores na saúde. No que se refere à heteropercepção, as dimensões que tiveram média mais baixa na área de engenharia foram: ?dedicação? e ?subordinação? e na área da saúde foi ?reconhecimento?. Os resultandos permitiram concluir que as profissões da saúde ainda estão associadas a atributos associados ao gênero feminino (dedicação e subordinação), e que carecem de valorização e reconhecimento pela sociedade. Além disso, o baixo rendimento das famílias tende a se perpetuar pela escolha de profissões que, historicamente foram construídas como ?de mulheres?, e que estão associadas a baixos salários.
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